A Escola, com instância de formação da cidadania, assume sua função social ao garantir a todos o direito constitucional à educação fundamental. Ao propiciar o desenvolvimento das competências cognitivas básicas e favorecer aprendizagens significativas, atua tanto na dimensão pessoal quanto social. Na Escola, concentram-se muitas das expectativas de vivencia da cidadania plena e de construção de uma sociedade mais justa.
Sabemos que a Escola foi criada com a função de transmitir àqueles que mais tarde iriam exercer seu papel na sociedade, como cidadãos, as experiências e os conhecimentos acumulados pela humanidade. Os antropólogos registram sua existência em todas as sociedades, desde a simples forma de se passarem as experiências dos mais velhos aos mais jovens à sua institucionalização enquanto instancia escolar do Saber e de Formação Humano.
A Escola deve possibilitar aos alunos vivenciar experiências educativas que lhes possibilitam o desenvolvimento intelectual e o relacionamento interpessoal para o fortalecimento das competências necessárias à vida adulta.
No momento histórico em que a sociedade brasileira se encontra em crise, devido aos índices de desemprego e a falta de oportunidades no âmbito profissional, a escola precisa assumir de fato, a sua função social, garantindo a todos o acesso ao saber, e oferecer uma formação adequada e compatível aos novos tempos.
É importante refletir que, principalmente, a escola pública representa a única esperança de melhoria de condições de vida para grande parte da população brasileira. A esperança de viver condignamente a cidadania plena está toda concentrada no efeito da ação da Escola.
Mas quantas vezes, a Escola, indiferente a essa aspiração de sua comunidade, frustra essas esperança, cultivando a repetência sucessiva até eliminar completamente o aluno de suas salas e, por decorrência, de uma formação adequada para a vida? Quão responsável é a Escola por engrossar o contingente de meninos de rua? Será que nós educadores, reconhecemos a importância de nossa atuação pedagógica na vida de nossos alunos? O que podemos fazer para tornar a educação melhor?
Precisamos ser mais eficientes e nos esforçarmos mais para isso.
Sabemos que educar é um ato político. Sabemos, ainda, que oferecer uma educação de qualidade é um compromisso político assumido, por todos que constituem a escola, com a sua comunidade.
Cada agente da escola tem que cumprir com sua responsabilidade, a sua função.
O que precisa ficar claro para todos os membros da escola é que sua função maior consiste em garantir o sucesso de todos os alunos no tempo legalmente estabelecido, ou seja, nos 9(nove) anos de Ensino Fundamental e nos 3(três) de Ensino Médio.
Todos os membros da Escola devem estar unidos para garantir aprendizagens significativas ao aluno. Deve imperar entre eles um clima de confiança, cooperação mútua e interesse pelo progresso do aluno.
O professor precisa sentir segurança para buscar apoio no seu coordenador quando encontrar dificuldades em conseguir a aprendizagem de determinados alunos.
O coordenador deve estar apto a sugerir novas técnicas, novas formas de desenvolver o conteúdo considerado difícil, novas atividades e exercícios, novas práticas pedagógicas.
O coordenador precisa, ainda, acompanhar de perto o trabalho do professor, seu planejamento, métodos e técnicas, para orientar os alunos que apresentam maiores dificuldades de aprendizagem, além de manter contato com as famílias para ter possibilidades de ajudar a sanar dificuldades que se caracterizem como extraescolares.
O aluno precisa ter confiança em todos que compõem a sua escola para se sentir amparado e protegido em seu processo de formação.
Esse clima de confiança quem estimula é o Diretor, buscando a participação da comunidade escolar, por meio do Conselho de Classe, deixando as portas sempre abertas a sugestões e reivindicações dessa comunidade.
Não se pode esquecer de que uma escola bem aceita pela comunidade é aquela que responde a seus anseios. É aquela que ensina e forma seus alunos com eficiência.
A comunidade espera da Escola uma ação efetiva e nela projeta suas aspirações.
O diretor de uma escola possui diversas atribuições: ele é um administrador, é um gestor, é um agente social e é um supervisor técnico-pedagógico.
Cabe a ele delegar as responsabilidades e implantar a sistemática de acompanhamento e avaliação estimulando as inovações pedagógicas.
(CETEB: Pressupostos Filosófico-metodológicos, 2011).
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